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sábado, 29 de junho de 2013

Oculta


Abaixou para colher os morangos,
Vermelhos, tentadores e suculentos.
Seu olhar ficou atento...

Poderia apenas saboreá-los
Em movimentos lentos
Provar seu sumo, devorá-los

Há beleza que já nasce exposta...
Fruteira, adornos, coisa arrumada.
Das coisas que a gente gosta.

Por que é isso que gente grande faz:
Desgasta, sofre e guarda! Incapaz...
Dar outro destino? Quem se atreveria?

Mas preferiu passá-los nos lábios...
Quem em sã consciência, adornaria morangos à boca?
Alguém que ama, que também tenha essa vontade louca.

Tirar os morangos dali, quem ousaria?
Uma outra boca, de pensamentos sábios?
Talvez esta, por fim a compreenderia.



De Magela e Ciça

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